2Nov

O papel da biotecnologia na luta contra as mudanças climáticas

As mudanças climáticas são uma das maiores ameaças que enfrentamos atualmente, e a agricultura não está alheia às suas consequências. Felizmente, a biotecnologia coloca à disposição do setor uma série de soluções que contribuem para mitigar os efeitos do aquecimento global. Quer conhecê-las? Neste artigo, apresentamos algumas delas.

Se antes, implantar medidas para mitigar os efeitos da mudança climática era uma opção, a partir de agora será uma obrigação. A União Europeia está decidida. Estratégias como “Biodiversidade”, “Do prado ao prato”, “Proteção do solo” ou até mesmo a própria Política Agrícola Comum, todas inseridas no “Pacto Verde Europeu”, se encarregarão disso.

O Pacto Verde é o roteiro para adaptar as políticas europeias visando a uma economia circular climaticamente neutra. Seu objetivo principal é reduzir as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 55% até 2030. A estratégia “Do prado ao prato” também pretende uma redução de 50% no uso de pesticidas químicos, 20% no uso de fertilizantes e do excesso de nutrientes, entre outros, para diminuir a contaminação do solo, da água e do ar.

Isso é possível? Na Symborg, estamos convencidos de que a resposta está na inovação. Graças a ela, hoje conhecemos novas técnicas que permitem ser mais eficientes na hora de utilizar os recursos. A resposta está na biotecnologia agrícola.

 

Como a biotecnologia ajuda a mitigar os efeitos da mudança climática

A FAO descreve a biotecnologia como “toda técnica que utiliza organismos vivos ou substâncias obtidas desses organismos para criar ou modificar um produto com fins práticos”. Pode ser aplicada a todo tipo de organismos, desde vírus e bactérias a animais e plantas. Compreende uma ampla variedade de instrumentos, desde o trabalho no nível da estrutura genética até com micro-organismos de todo o tipo, para elaborar produtos agrícolas sem impacto sobre o meio ambiente.

A engenharia genética, por exemplo, nos permite atualmente trabalhar com sementes e novas variedades de cultivos mais resistentes a pragas e doenças, bem como a períodos de estiagem ou temperaturas extremas. Além disso, os transgênicos reduzem a pegada de carbono, pois requerem menos tarefas agrícolas e reduzem o carbono que é liberado durante a produção de alimentos. Está comprovado também que as variedades biotecnológicas obtêm maior rendimento das plantas em uma mesma superfície.

Mas o conceito de biotecnologia é mais amplo que o da engenharia genética. Se falamos de inoculantes e biofertilizantes, sua contribuição para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas também é importante. Vejamos alguns exemplos:

As soluções biotecnológicas permitem um maior aproveitamento dos nutrientes. Como é feito isso? Estas soluções ajudam a promover a presença de micro-organismos benéficos no solo, cuja atividade aumenta a disponibilidade de nutrientes para a planta. Com isso, os cultivos se desenvolvem mais fortes, conseguindo um melhor rendimento e qualidade das colheitas, o que reduz a dependência de insumos.

Observe este outro: os fungos micorrízicos, como Glomus iranicum var. tenuihypharum, patenteado pela Symborg e ativo principal dos nossos inoculantes MycoUp, MycoUp 360, Resid MGResid HC, fazem com que as plantas extraiam uma maior quantidade de dióxido de carbono na atmosfera. Como funcionam? Da seguinte forma: durante a fotossíntese, as plantas extraem dióxido de carbono da atmosfera. Este dióxido de carbono acaba, em parte, nas raízes, onde ocorre a simbiose dos fungos com as plantas. Através dos fungos, o carbono passa ao solo onde, acumulado por longos períodos, ajuda a mitigar o aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera.

Mas isso não é tudo. Estas soluções mostram uma maior tolerância ao estresse biótico (produzido por outros seres vivos, animais, insetos, plantas, fungos, bactérias, patógenos, etc.) e abiótico (produzido por fatores como a temperatura, a estiagem, as enchentes, a salinidade do solo, o uso de maquinaria ou outras ferramentas de lavoura, etc.), motivo pelo qual também se reduz a necessidade de aplicação de outros insumos agrícolas.

Por outro lado, a biotecnologia contribui para melhorar a estrutura do solo e as propriedades físicas do mesmo. Os micro-organismos também participam na formação de agregados estáveis dos quais depende em grande medida a qualidade, a evolução e a conservação do solo, resultando em benefícios ambientais, com uma menor emissão de gases de efeito estufa.

Na Symborg, estamos há mais de uma década desenvolvendo soluções biotecnológicas e sentimos muito orgulho de contribuir com nosso trabalho para proporcionar aos agricultores soluções respeitosas ao meio ambiente. Quer conhecer a biotecnologia da Symborg? Estamos aqui para ajudar você.