
Muitas vezes chamado de “super fungo”, foi descoberto num lago hipersalino com condições extremas, na Região de Múrcia, Espanha. Nesse local, onde seria de esperar que nada sobrevivesse, crescia uma planta do género Limonium. Como seria possível esta planta prosperar em condições tão adversas?
Foi assim que encontrámos este fungo micorrízico arbuscular, que estava ligado às raízes da planta. As hifas deste fungo, uma espécie de sistema radicular do próprio fungo, pareciam não sofrer os efeitos nocivos da salinidade e tinham a capacidade de continuar a absorver água e nutrientes, que permutavam com a planta. Isto permitiu à planta Limonium sobreviver apesar das condições extremas.
O fungo descoberto era o denominado Glomus iranicum var. tenuihypharum, um Fungo Formador de Micorrizas Arbusculares (HMA) que acabaria por ser patentado pela Symborg como a primeira e única espécie registada como patente, ao abrigo do Tratado de Budapeste, para ser utilizada como bioestimulante.
A partir daí, a Symborg desenvolveu uma gama de soluções bioestimulantes que colocou à disposição dos agricultores para os ajudar a enfrentar os desafios agrícolas atuais e obter cultivos mais produtivos, rentáveis e sustentáveis.
Doze anos mais tarde, esta gama conta com milhares de experiências agronómicas em todo o mundo que demonstraram a sua eficácia na obtenção de cultivos extraordinários.
Mas como funciona o fungo Glomus iranicum var. tenuihypharum e o que é que o distingue de outros fungos formadores de micorrizas? É o que vamos explicar agora.
O que é o Glomus iranicum var. tenuihypharum?
O Glomus iranicum var. tenuihypharum é uma espécie exclusiva de Fungo Formador de Micorrizas Arbusculares (HMA) que estabelece uma relação simbiótica com a planta, ou seja, cria um vínculo mutuamente benéfico, no qual o fungo proporciona à planta água e nutrientes em troca de açúcares derivados da fotossíntese. Neste processo, o crescimento do sistema radicular é estimulado e a atividade fotossintética da planta aumenta. Para além disso, a simbiose micorrízica permite que as culturas aumentem a captura de CO2 e façam uma utilização mais eficiente da água (WUE) e nutrientes (NUE).
radicular é estimulado e a atividade fotossintética da planta aumenta.
A simbiose começa quando o fungo se introduz nas raízes da planta através dos pelos absorventes. Depois, estabelece-se nas células vegetais formando arbúsculos, umas estruturas onde o fungo troca a água e nutrientes por açúcares.
Para o seu próprio crescimento, o fungo desdobra uma rede de hifas externas à raiz – o micélio – que é capaz de absorver água e nutrientes e transportá-los para o arbúsculo.
Além disso, o fungo consegue modular as auxinas, as hormonas responsáveis pelo crescimento radicular, para aumentar a quantidade de pelos absorventes e assim permitir que o fungo forme novas ligações e continue a crescer. Isto é extremamente benéfico para a planta, que assim aumenta a sua própria capacidade de exploração do solo.
Por seu turno, a planta consegue aumentar a fotossíntese para gerar mais açúcares para permutar com o fungo e assim continuar este benéfico ciclo de simbiose. Uma maior fotossíntese também permite que a planta obtenha recursos extra que dedicará a gerar mais produção, graças à maior quantidade de CO2 convertida em fotoassimilados.
O resultado são cultivos extraordinários: cultivos extra eficientes, capazes de aproveitar cada gota de água e cada grama de nutriente cultivos extra resilientes, capazes de tolerar melhor os stresses abióticos (como o stress hídrico e as secas, as temperaturas extremas ou as elevadas condições de salinidade) e cultivos extra rentáveis, capazes de aumentar a produção, o número e peso dos frutos e melhorar os parâmetros de qualidade dos mesmos (calibre, graus brix, conteúdo nutricional e conservação).
Porque é que nem todas as simbioses micorrízicas são iguais?
O Glomus iranicum var. tenuihypharum tem características únicas e exclusivas que o diferenciam de outros fungos formadores de micorrizas e que permitem atingir o nível máximo de simbiose micorrízica.
A primeira é o facto de os seus esporos serem pequenos (diâmetro de 5-30 micras) e externos à raiz. Mais concretamente, realiza a esporulação no exterior dos pelos absorventes, por isso estes não são obstruídos nem rompidos pela acumulação, como ocorre com outros fungos micorrízicos. Deste modo, evita que a planta gaste energia na formação de novos pelos absorventes.
O segundo aspeto que torna o Glomus iranicum var. tenuihypharum diferente é a abundância de hifas exploradoras do solo. Este fungo consegue produzir até 4 vezes mais micélio do que outros fungos formadores de micorrizas. É uma vantagem competitiva fundamental para que a planta aumente a capacidade de absorção de água e nutrientes.
A terceira e última vantagem é o facto de o fungo exclusivo da Symborg contar com uma elevada resistência a condições salinas, sendo capaz de se desenvolver em solos com valores de até 6 dS/m e pH 4-9. Isto garante uma maior tolerância à salinidade produzida pelo uso continuado de fertilizantes do que outros fungos formadores de micorrizas.

Simbiose micorrízica entre o fungo micorrízico Glomus iranicum var. tenuihypharum e as raízes das plantas.
Onde se encontra o Glomus iranicum var. tenuihypharum?
A nossa gama de bioestimulantes baseada no Glomus iranicum var. tenuihypharum conta com 4 soluções de eficácia demonstrada.
A primeira é MycoUp, um bioestimulante baseado em Glomus iranicum var. tenuihypharum testado numa ampla variedade de cultivos e muito eficaz em todos os tipos de solos, especialmente nos que têm elevados níveis de salinidade.
MycoUp 360 é composto por Glomus iranicum var. tenuihypharum e o nosso complexo 360, que desenvolve e fortalece o sistema radicular, além de promover populações de microrganismos benéficos. Esta solução permite o desenvolvimento ideal da planta, mesmo na presença de nemátodos.
Contamos ainda com Resid HC, um bioestimulante desenvolvido para o revestimento de sementes de cultivos extensivos.
Por último, temos Resid MG, um bioestimulante especialmente desenvolvido para cereais, com uma fórmula concentrada microgranulada com 1 mm de diâmetro de grão. Resid MG é aplicado na sementeira com um sistema mecanizado de dosagem para microgranulados.
Também quer obter cultivos extraordinários? Descubra já estas soluções: