21Mar

Como aproveitar cada gota de água para conseguir colheitas mais eficientes

O setor agrícola enfrenta um desafio importante: partindo de um consumo atual de 72% da água doce disponível, em 2050 os produtores deverão aumentar também a produção alimentar em 60% para alimentar uma população mundial que atingirá 9 bilhões de pessoas. Como podemos unir a segurança alimentar, o crescimento econômico e o uso sustentável dos recursos de água?

Em todo o mundo, enfrentamos cada vez mais condições climáticas extremas e secas que afetam intensamente as colheitas e resultam em perdas de produção. Segundo o IPMA (O Instituto Português do Mar e da Atmosfera), que monitora entre outras coisas os períodos de chuva e seca em Portugal, em fevereiro de 2023, um total de 28% do país estava em seca fraca ou moderada.

O país vizinho, a Espanha, está entre os 44 países com níveis mais altos de estresse hídrico, o que significa que é anualmente consumido mais de 40% da água disponível. A pior situação encontra-se no sul e no levante, em bacias como a do Segura, onde encontramos um risco extremamente alto ao consumir mais de 80% dos recursos, de acordo com o último atlas do World Resources Institute.

Em outras partes do mundo, como no Chile e no Peru, ocorrem secas com mais frequência e os agricultores e produtores estão sujeitos a um abastecimento de água que limita seu uso para a agricultura. Em lugares como a Austrália, existe até o conceito de direitos da água.

A realidade é que as condições de seca, cada vez mais frequentes e intensas, podem trazer consigo estresse para as colheitas, com perdas de até 15% na produtividade. Um dado: apenas um grau a mais na temperatura média diminui o rendimento das colheitas entre 4% e 10%.

No caso de colheitas hortícolas, como o tomate e o pimentão, de irrigação diária e onde o potencial produtivo é levado ao limite, qualquer tipo de estresse hídrico tem um grande impacto na produção e qualidade dos frutos.

Em outro tipo de colheita, como os lenhosos, também podemos observar o impacto direto do estresse hídrico, com perdas muito importantes do rendimento.

 

Como melhoramos a eficiência no uso da água?

Diante desta escassez de recursos hídricos, entre em jogo diferentes estratégias que nos ajudam a aumentar a eficiência das colheitas, como novos sistemas de irrigação, ferramentas tecnológicas que permitem conhecer com precisão a água que a colheita requer ou a melhoria vegetal, com plantas mais resistentes à seca.

É certo que todas estas ferramentas proporcionam resultados. A melhoria na eficiência do uso da água na agricultura melhorou 8% em três anos, de acordo com a análise realizada pela FAO em 166 países. De fato, esta organização mundial calcula que as terras irrigadas aumentarão 34% até 2030 nos países em desenvolvimento e, no entanto, a água utilizada na agricultura aumentarás apenas 14% graças a um uso mais eficaz.

Contudo, na Symborg, queremos ir mais longe, e por isso buscamos soluções que permitam utilizar os recursos já existentes de uma forma melhor e mais sustentável para o planeta e que, ao mesmo tempo, sejam rentáveis para o agricultor. Como fazemos isso? A resposta é simples e está na natureza: com biotecnologia baseada em micro-organismos.

Graças às soluções biotecnológicas, favorecemos que as raízes das colheitas aproveitem melhor os nutrientes e a disponibilidade da água já existente no solo, obtendo colheitas mais eficientes, mais produtivos e, consequentemente, mais rentáveis.

 

As ferramentas: o papel dos micro-organismos diante da escassez de água

Quais são as respostas que o solo pode oferecer ante uma agricultura com escassez de água? Existem micro-organismos benéficos, cepas caracterizadas e selecionadas que, por suas características exclusivas, nos permitem aumentar a eficiência dos agrossistemas e que ajudam a planta ante uma situação de estresse abiótico.

Este é o caso do fungo formador de micorrizas (HMA) Glomus iranicum var. tenuihypharum, principal componente de vários de nossos inoculantes. Esta cepa exclusiva da Symborg estabelece uma relação simbiótica entre a planta e o fungo, isto é, uma relação de benefício mútuo na qual o fungo proporciona água e nutrientes à planta e, em troca, a planta proporciona ao fungo açúcares derivados da fotossíntese que o ajudarão a completar seus ciclos metabólicos.

É preciso considerar que uma planta submetida a estresse hídrico sofrerá uma redução em seu crescimento. Nesse sentido, a simbiose micorrízica não só vai ajudar as colheitas a continuar se desenvolvendo mediante um uso mais eficiente da água e dos nutrientes, como também aumentará a resiliência frente às condições climáticas adversas.

A simbiose micorrízica não se limita apenas a um intercâmbio de recursos. Por um lado, o Glomus iranicum var. tenuihypharum incentiva o aumento da fotossíntese da planta para receber mais açúcares e, assim, poder continuar crescendo e proporcionar ainda mais água e nutrientes.

Por outro lado, é também capaz de modular a concentração de auxinas da planta, responsáveis pelo crescimento das raízes e pelos absorventes, o que permite à planta continuar crescendo, aumentar a quantidade e comprimento de suas raízes e formar mais conexões com o Glomus iranicum var. tenuihypharum.

 

Plantas com acesso a mais água e nutrientes

Graças a essa maior quantidade de raízes e pelos absorventes que mencionávamos, a planta terá uma maior capacidade de exploração do solo, o que representa uma maior absorção de água e nutrientes.

É preciso considerar também o próprio sistema de absorção do fungo: um conjunto de hifas que estão constantemente explorando solo e que recebe o nome de micélio estromático. Uma das características exclusivas do Glomus iranicum var. tenuihypharum é que é capaz de produzir até quatro vezes mais micélio estromático que outros fungos formadores de micorrizas.

De fato, para cada metro de raiz, podemos obter entre 7 e 250 metros de hifas exploratórias. Além disso, as hifas têm um tamanho muito reduzido, portanto, podem ter acesso à água e nutrientes que se encontram nos microporos do solo e que, de outra forma, seriam inacessíveis para a planta.

O Glomus iranicum var. tenuihypharum melhora também a capacidade de troca catiônica (CTC) do solo através da glomalina, uma espécie de “goma” que atua como cola estrutural do solo e ajuda na formação de agregados estáveis.

Isso significa um solo de qualidade, poroso e arejado, com maior capacidade de retenção da água e, ao mesmo tempo, sem lixiviação de nutrientes.

O fungo formador de micorrizas Glomus iranicum var. tenuihypharum não só consegue uma maior eficiência no uso da água, graça à criação de um sistema complementar de absorção de água com um menor custo energético para a planta, como também aumenta a quantidade de água disponível para a planta, o que, em resumo, proporcionará mais benefícios ao agricultor.

Em síntese, com as soluções bioestimulantes baseadas no Glomus iranicum var. tenuihypharum, tais como MycoUp ou MycoUp 360, proporcionamos aos produtores ferramentas que melhoram a eficiência do uso da água e contribuem para a rentabilidade e a produtividade das colheitas, tudo isso respeitando o meio ambiente.

 

 

Você também quer conseguir colheitas mais eficientes com um melhor aproveitamento de água e nutrientes? Descubra nossas soluções aqui: